Apesar de existirem vários sintomas psicóticos, as alucinações e os delírios são os mais fáceis de reconhecer. A sensação de ouvir uma ou várias vozes (na ausência de quaisquer indivíduos próximos), a ideia de que se é prejudicado ou ainda a convicção de que se é controlado por algo ou alguém, correspondem a sintomas psicóticos, sobretudo se no entendimento da pessoa em questão a perseguição que lhe é movida a condiciona e impede de atingir os seus objetivos. As psicoses são doenças mentais graves.
A deteção oportuna de uma doença, em particular se ela é grave, condiciona favoravelmente quer o tratamento quer a evolução e, consequentemente, o prognóstico dessa doença. Assim, o diagnóstico precoce de uma psicose constitui um momento de particular importância para os médicos, mas também para os doentes e suas famílias.
Os sinais de alerta permitem detetar precocemente uma doença, ou uma recaída dessa doença, e instituir de forma diligente o necessário tratamento, reduzindo o impacto sobre a funcionalidade da pessoa doente. O tratamento, ao evitar os internamentos, ou a duração destes, minimiza a interrupção do percurso académico, formativo ou laboral dos portadores de psicoses.
A esquizofrenia e a perturbação delirante são exemplos de psicoses. As perturbações do humor (como a depressão e a doença bipolar) também podem apresentar sintomas psicóticos. A psicose tóxica é uma doença que se associa ao consumo de substâncias usadas com fins recreativos; a sua incidência tem vindo a aumentar desde que o consumo de drogas se generalizou nos países ocidentais, isto é desde os anos 60. Nestes casos, como a psicose se associa frequentemente à dependência da substância que a causou, os indivíduos afetados pelos dois problemas, a psicose e a dependência, têm frequentemente uma doença de curso crónico, o que torna o diagnóstico diferencial entre a psicose tóxica e a esquizofrenia muito difícil de fazer. A este propósito, é de salientar que a agressividade manifestada por alguns doentes psicóticos tem mais frequentemente origem no consumo de tóxicos do que na doença mental propriamente dita.
Os medicamentos são imprescindíveis no tratamento das psicoses, sobretudo na fase aguda das doenças.
Leia-se, a título ilustrativo, https://www.saudementalxxi.pt/pt/blog/hoje-e-um-dia-triste/